Em apenas meia dúzia de meses, as rugas dentro de mim
salientaram-se vincadamente. As palavras agora têm outro ênfase, têm outra
profundidade, têm outro som, têm outro sentido... Como «casa», esta palavra
nunca foi tão próxima da saudade, nunca foi significado de porto de abrigo nem tão pouco se espelhou em pessoas, não como agora. Não podemos mais olhar a fachadas,
não podemos mais apenas seguir, não podemos mais confiar que neste mundo só
existem pessoas boas, não quando não estamos em casa com o vulto de protecção.
Chegadas, enganos, ilusões, caminhos, atritos, partidas, avesso... faz tudo
parte da vida e agora mais do que nunca me terei de habituar a isso, como uma
rotina desprovida. E que venha ela!
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