quinta-feira, 31 de março de 2011

Decepção.

Certeza a menos, confiança ferida e segurança trémula.

Como podemos estacar tanto tempo enganados? E ao fim de tamanho ciclo depararmos tanta cobardia que torna convicção apenas em DESILUSÃO.

domingo, 27 de março de 2011

Bye.


E por fim, deliberadamente, só!

"Nenhum Olhar"

«Já não te podem fazer mal. Onde estás, o silêncio é uma agonia. E tu nunca fugiste de sofrer, conforme nunca fugiste da vida. (…) quem foge dele será a sua maior vítima. (…)
Foste forte um dia e hoje és muito mais, pois atravessaste os portões da morte e entraste no seu jardim de desespero e estás onde o negro não acaba numa aurora. Fazes o caminho que só se pode fazer sozinho e de noite, pois todos temos um portão e um jardim para atravessarmos, sozinhos, de noite, debaixo e sobre e entre o medo. Estás morto e, dentro da morte, sabes que estás morto, ambos o sabemos.
O que imaginaste da palavra esperança, perdeu o sentido. Não há esperança porque somos demasiado pequenos, somos muito pouco. Somos uma agulha de pinheiro diante de um incêndio, somos um grão de terra diante de um terramoto, somos uma gota de orvalho diante de uma tempestade,»

José Luís Peixoto

sexta-feira, 25 de março de 2011

terça-feira, 22 de março de 2011

Rasurado.

"E esta noite é nossa"?

Estapafúrdico. Não existe mais nenhuma noite nossa, não existe mais nenhuma noite nossa em que saíamos só para passear de mão dada, em que só precisava do teu ombro como encosto, em que só ficávamos acordados para ouvir a voz um do outro, mesmo que à distância, havia um embrulho de palavras ténues (...)

Nem noite nem tarde nem manhã.
Não existe mais nenhum dia nosso.


isto é uma facada no coração

sábado, 19 de março de 2011

(s)

São memórias presentes, a cada instante. És tu em mim.

Encontramo-nos em quarto minguante, não é? Contudo ele não nos levará à lua nova, não acabará com o nosso brilho, fulgor, cintilação. Arrisco dizer que as estrelas residem do nosso lado. Se elas não estiverem, e se nós por nós mesmos não resistirmos, vem o eclipse solar falar mais alto. Atingimos o auge.
Tudo flui para quarto crescente, envolvemo-nos com o espaço, sentimos força gravítica e a tão esperada (…) lua cheia.

E esta noite é nossa, e eu sei que estamos ligados, excentricidade invisível com cor.

E o eclipse lunar manter-nos-à, num SEMPRE, para que o nosso ciclo de lunação nunca se complete.



quinta-feira, 17 de março de 2011

Frog.


Eu só queria uma vida matemática, mas que fosse tudo no sentido positivo e a tender para mais infinito. Que todos os problemas tivessem uma resolução e solução, e mesmo que nós não os soubéssemos resolver, teríamos sempre a possibilidade de atribuir esse trabalho a outrem. Que não existissem conjuntos vazios nem houvesse assímptotas pelo caminho.
Era tudo tão mais fácil.

Mas eu sei, a probabilidade disto é praticamente nula.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Golpe.

Custa tanto habituarmo-nos a renovadas veracidades,
habituarmo-nos a modificações na nossa vida que elas até nos parecem inteiramente irreais…
Mas no fundo (quer digamos que sim, quer digamos que não) existe sempre uma escassa esperança.
E é ela que nos leva sempre à decepção.