Foste forte um dia e hoje és muito mais, pois atravessaste os portões da morte e entraste no seu jardim de desespero e estás onde o negro não acaba numa aurora. Fazes o caminho que só se pode fazer sozinho e de noite, pois todos temos um portão e um jardim para atravessarmos, sozinhos, de noite, debaixo e sobre e entre o medo. Estás morto e, dentro da morte, sabes que estás morto, ambos o sabemos.
O que imaginaste da palavra esperança, perdeu o sentido. Não há esperança porque somos demasiado pequenos, somos muito pouco. Somos uma agulha de pinheiro diante de um incêndio, somos um grão de terra diante de um terramoto, somos uma gota de orvalho diante de uma tempestade,»
José Luís Peixoto
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