sábado, 4 de dezembro de 2010

Objectivos deslocados.

«Um dia já não vai haver outro dia e aí, tu vais perceber»

Tantas vezes o proferi, frisei e refrisei a ideia até que o dia chegou. Já não existe um outro dia para repor bem ao mal causado, já não existe um outro dia para recuperar o tempo perdido e restituir a preocupação e carinho em falta, já não existe um outro dia para redimissão das falhas, já não existe um outro dia para um abraço, um beijo, um carinho (…) e restam-me as lágrimas, aquelas que não me enternecem. É isso o que mais me custa, saber da falta que sinto, do vazio, mas eu não sou capaz de deixar toda a decepção para trás. A lembrança traz-me sempre à memória tudo o que vivemos, se não tivesse sido tão perfeito, mas foi (...)
Sem forças para lutar, assumo desistência.

E agora? O meu objectivo? Onde fica?

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